Constante – De acordo com o relatório, a produção agrícola global cresce de forma constante, conseguindo atingir níveis recordes, em 2017, no caso de tipos específicos de cereais, carne, lácteos e peixes. Porém, a manutenção deste cenário envolve o incentivo do comércio agrícola, fundamentado em políticas específicas para o setor.
Segurança alimentar – Para especialistas, a segurança alimentar depende de estímulos à produção e ao comércio agrícola. Na divulgação do estudo, o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, e o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, ressaltaram a importância de adoção de políticas específicas para o setor como forma de assegurar alimentos à população.
Demanda – Gurría e Graziano disseram ainda que, apesar da projeção de aumento da produção, há uma tendência de queda da demanda mundial. Eles atribuem a desaceleração da demanda ao declínio gradual nas taxas de crescimento da população global.
Oriente e África – O relatório foca no Oriente Médio e no Norte da África que enfrentam problemas de insegurança alimentar, aumento da desnutrição e limitações no manejo de recursos naturais. De acordo com o estudo, a desnutrição se concentra em áreas tomadas pelos conflitos e instabilidade política.
Aumento rápido – Independentemente das dificuldades, a demanda por alimentos aumenta rapidamente nessas regiões em decorrência do crescimento populacional, principalmente para o consumo de trigo, açúcar e gordura, provocando um outro desafio: vencer o sobrepeso e a obesidade.
Crescimento – Espera-se um forte crescimento da produção em regiões em desenvolvimento com um crescimento populacional mais rápido, incluindo a África Subsaariana, o sul e o leste da Ásia e o Oriente Médio e Norte da África.
Queda – No estudo, a avaliação é que o crescimento da produção agrícola e de pescados seja menor nos países desenvolvidos, principalmente na Europa Ocidental. A previsão é de enfraquecimento da demanda global associado ao declínio do crescimento populacional, desacelerando o consumo por pessoa e a demanda por produtos de origem animal, especialmente carne.
Estimativa – A partir desta análise, a estimativa é que a queda do consumo de carne iniba a demanda por cereais e farinha de proteína usada na alimentação animal. Com o consumo e o crescimento da produção mais lentos, a tendência é de o comércio agrícola e de peixes reduzir à metade na próxima década em comparação ao mesmo período passado.
Sem alterações – O relatório informa ainda que a demanda por cereais e óleo vegetal para a produção de biocombustíveis deverá permanecer praticamente inalterada nos próximos dez anos, diferentemente do que ocorreu na última década. O destaque é para a expansão dos biocombustíveis para mais de 120 milhões de toneladas adicionais de cereais, sobretudo, milho.
Falta de apoio – De acordo com o estudo, a falta de apoio dos países desenvolvidos aos biocombustíveis ocorre em oposição ao que há entre os em desenvolvimento que devem estimular sua expansão. Segundo o relatório, o uso de cana-de-açúcar para a produção de biocombustíveis deve aumentar.
Por
Agência Brasil
Economia - Campo Vivo |