Para avançar com excelência nestas áreas, a empresa traçou um mapa estratégico composto por 11 objetivos subdivididos em 29 metas.
Em primeiro lugar, há os objetivos finalísticos associados ao ecossistema de inovação. Isso inclui gerar soluções tecnológicas e oportunidades de inovação para promover a sustentabilidade e a competitividade, especialmente reduzindo custos e perdas dos alimentos. Também inclui ampliar e qualificar a base de dados nacional sobre recursos naturais.
Além disso, será preciso explorar novas tendências de consumo, gerando conhecimentos e tecnologias que promovam a agregação de valor a produtos, processos e serviços. Outro objetivo, decisivo para as exportações, é fortalecer a pesquisa para a segurança zoofitossanitária.
Um campo de pesquisa promissor do ponto de vista mercadológico é o da utilização de recursos biológicos para a geração de bioprodutos, bioinsumos e energia renovável. Outro, do ponto de vista social, é o de alternativas tecnológicas sustentáveis voltadas para o desenvolvimento regional e a inclusão produtiva. A meta da Embrapa é possibilitar a geração em cinco anos de 200 mil empregos pela adoção dessas tecnologias.
A empresa também pretende subsidiar os produtores e o poder público com conhecimento e tecnologia para contrapor o enfrentamento das mudanças climáticas, o que inclui aumentar os sistemas integrados de produção e recuperação de pastagens; disponibilizar sistemas de manejo sustentável de florestas naturais; e ampliar as florestas plantadas.
Um objetivo de alta relevância é o aproveitamento dos recursos digitais no campo. A automação dos processos agrícolas é capital para garantir a competitividade do setor. Isso implica promover o compartilhamento de dados entre os atores das cadeias produtivas e o uso de arquiteturas big data, assim como o desenvolvimento de algoritmos para identificar novas tendências e nichos de mercado.
Para prestar esses serviços às partes interessadas da cadeia agrícola, a Embrapa estabeleceu três objetivos de gestão e eficiência organizacional. Primeiro, a racionalização de recursos e a busca de fontes alternativas aos investimentos públicos. Concomitantemente, é necessário fortalecer a excelência na governança e gestão institucional. Finalmente, a própria empresa precisará aproveitar as oportunidades geradas pela revolução digital, estruturando a tecnologia da informação, a governança e a gestão de dados e promovendo a transferência e o uso do conhecimento digital.
A agropecuária brasileira é altamente competitiva. Ela responde por 21% da soma das riquezas nacionais, 1/5 dos empregos e 43,2% das exportações, sendo um dos maiores celeiros de alimentos para o mundo. A Embrapa segue sendo um dos principais protagonistas dessa história. Mas já foi mais. As partes interessadas, no setor público ou privado, não deveriam poupar esforços para revigorar a sua energia. |